quarta-feira, 27 de outubro de 2010

As vezes olhar pra trás e ver o passado de algumas pessoas me deixa pior do que olhar pra trás e rever o meu próprio. Não porque o delas foram piores que o meu - aparentemente, eu digo -, mas por não ter feito parte das suas vidas naquela época, evitando algumas decepções. Mas as pessoas - como eu mesma - dizem que aprendemos com os nossos erros, e crescemos com as nossas decepções, não é?

As Vezes!

- As vezes - mas só as vezes -, eu queria ser diferente.
- Defina o "Ser Diferente"
- Agir sem pensar, eu diria. Esse negócio de se colocar no lugar do próximo antes de tomar alguma atitude não adianta de nada, se o tal próximo não faz o mesmo comigo.
- Mas não seria bom, porque você machucaria as pessoas.
- Ah, no final alguém sempre sai machucado mesmo.

(...) A propósito: é uma pena que - quase - sempre seja eu.

Uma Palavra!

Uma palavra não dita encerra uma possibilidade.
Um gesto aprisionado encerra um acontecimento.
O medo da impossibilidade faz calar, quando a incerteza é maior.
A voz incerta fecha a garganta. E o querer deixa de ser o suficiente.
O infeliz gosto de não fazer o que quer, atormenta. Fazendo crescer uma futura saudade de não ter vivido o que desejava. Surgindo então, uma eterna quase dúvida.